verso, prosa e frases soltas, gritos na noite, pulso que pulsa, meia-verdade, meia-justiça e um grilo falante

quinta-feira, 9 de julho de 2015

Perfume difuso





Amor. Como explicar este sentimento controverso? Como resumir o montante de memórias, sonhos, desejos, sensações vividas por dois? O amor é algo que foge às raias de uma definição reta, cientifica, devido à infinitude de possibilidades que representa. Só pode ser visto uno — percebido concreto — no casal de namorados; no homem e na mulher que renunciam o tempo-relógio para degustar o tempo-pulsação.

Quando o perfume invade minhas tardes, a boca arrasta minha pele, a pele desliza entre os dedos. Quando o castanho escuro dos cabelos clareiam a vista, afagam o rosto, avivam nossa história. Quando o corpo desperta no meu a vontade de mergulhar na forma das coxas, dos seios. De entender a parte e o todo.
Com base na experiência que reservei a uma única mulher, ser poesia, construo a rede de significados para entender o amor. Palavra que, antes de conhecê-la, era reservatório de vazio e percepções alheias.

Nenhum comentário:

Postar um comentário