Pobre poeta,
sou a palavra mais preciosa e precisa.
E me ignora, põe terra sobre mim,
cospe na minha cara!
Insulta, espanca.
Muda meu nome.
Esconde-se de mim.
Mas não escapa.
Cansado, humilhado,
me redime.
Brada aos quatro cantos,
me espalha.
sou a palavra mais preciosa e precisa.
E me ignora, põe terra sobre mim,
cospe na minha cara!
Insulta, espanca.
Muda meu nome.
Esconde-se de mim.
Mas não escapa.
Cansado, humilhado,
me redime.
Brada aos quatro cantos,
me espalha.
não se livrará de minha sombra.
Pois “eu” sou você.
Em “mim”, há de se afogar.