Que nós tomássemos ao bel prazer,
Beberíamos dia a dia um pouquinho,
Para nunca faltar o que sorver.
Toda rosa em si traz um espinho,
Ao que não nos é dado o escolher.
Mas sou eu quem recomenda o caminho
Que vai, no jardim, o pé percorrer.
Sendo-nos dado marcar com a morte,
Teríamos assim a melhor sorte?
Ou, enlouqueceríamos enfim?
Sai de mim, curiosidade grande,
Prefiro mesmo seguir ignorante,
Cego (surdo!), começo, meio e fim.
tela Incredulidade de São Tomé, de Caravaggio